Tive a honra e a felicidade de ser o primeiro a mergulhar em um diálogo sagrado com a @cesecourofino CESEC – Centro Estadual de Educação Continuada, abrindo a Semana de Direitos Humanos, Empreendedorismo e Combate à Discriminação Racial, uma iniciativa luminosa nascida no coração da própria escola.
Confesso: aceitei o convite com alma tremendo, desejando ser o primeiro nome, mas também temendo ser a falha antes da sinfonia. Minha timidez aguda e o TDAH, velhos companheiros de sombra, sussurravam: “Você vai quebrar o começo de tudo.” Já palestrei em outros lugares, mas o medo nunca se aposenta. Sabia que, se eu falhasse, os que viessem depois (brilhantes, preparados) corrigiriam meu tropeço.
Mas então… aconteceu o milagre.
Ao falar com aqueles alunos e professores, senti-me envolvido por um abraço invisível, como se o universo sussurrasse: “Aqui, você pertence.” Eu pensei que levaria apenas um pouco da minha história, mas saí carregado de esperança alheia. Vi, nos olhos daqueles jovens, o fogo quieto da transformação e a vontade de serem mais, de fazerem melhor.
Eu, que havia desistido da sociedade pela centésima vez, senti-me reerguido por mãos que nem sabiam que me salvavam. Aprendi mais do que ensinei. E numa segunda (26), sai dali não só com gratidão, mas com a alma em brasa, acreditando que, juntos, podemos reconstruir mundos mais dignos para os que virão.
À CESEC, meu obrigado não cabe em palavras: pelo convite, pelo abrigo, pela renovação. Que esta semana seja só o primeiro passo de muitos.
Porque educar é plantar árvores sob cujas sombras nunca sentaremos…
E mesmo assim, regamos com fé.